Aos outros podemos dizer que somos as pessoas mais incríveis do mundo, que não mentimos, que não roubamos, que não enganamos ninguém.
Dificilmente alguém assume a sua própria desonestidade. É mais fácil apontá-la fora, escolhendo alguém para projetarmos a nossa própria sombra.
Ficamos bravos e indignados com os defeitos dos outros e isto pode ser um grande motivo para estarmos ocupados e não vermos os nossos próprios erros. Você promete a si mesmo que vai parar de fumar porque está cansado de saber que o cigarro faz mal e com o tempo irá lhe trazer grandes prejuízos para a sua saúde. Então você diz: - Segunda-feira eu paro de fumar. E quando chega a Segunda... Lá está você fumando como sempre. É como a criança que come o doce escondida da mãe que lhe proibiu. Só porque a mãe esta vendo tudo, mesmo que muitas vezes faça de conta que não viu.
Enganando-nos a nós mesmos sentimo-nos mal. Falta a integridade e sem ela não podemos ser autoconfiantes. Portanto é fundamentalmente que resolvamos este conflito interno, se quisermos viver em paz. Para isto precisamos integrar nossos vários eus, criando um diálogo saudável entre nossas vozes responsáveis e as irresponsáveis que habitam o nosso ser.
Mas o primeiro passo é deixar de julgar os outros e a nós mesmos, aceitando as imperfeições como o início de um processo evolutivo.
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