quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

002- 1º Passo de N.A. (Visão do Calunga)


“Admitimos que éramos impotentes perante a adicção, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas”

O que é que você pode? Mesmo, meeesmo, de verdade...

O que é que você pode?

Algumas pessoas aí nesse mundo vivem num sonho de que elas são muito poderosas. Que elas “fazem e acontecem”.

Realmente, tem algumas coisas que pertencem ao ar­bítrio do ser humano. O lado que ele dorme, de barriga ou de bruços, é uma dessas coisas. Estudar pra uma profissão também é uma escolha, mas já limitada por certas circuns­tâncias. Nem todo mundo consegue fazer o curso que quer e muito menos trabalhar naquilo pra que estudou.

Agora, pensa um pouco mais além, naquilo que é essen­cial para a vida. Você tá vivo porque tem ar pra respirar. Se tirarem seu ar, você não vai ser nada nesse mundo daí. Se não tiver água, você vai sobreviver muito pouco tempo.

Pensando bem, tá até mais fácil falar daquilo que a gente não consegue. Coisas que a gente quer conquistar e elas nunca vêm, mudanças que a gente quer fazer e não faz.

Presta atenção nos recados da vida pra você. Pensa em tudo o que você já quis e nunca alcançou. E pode até se iludir, se convencer de que “se quiser mesmo, consegue”. Mas no “vamo-vê-da-coisa”, a história é bem diferente... Às vezes, parece que a gente precisa mais de uma coisa pas­sageira, um trago, um pico, um gole, do que do próprio ar. Parece que aquilo virou o nosso ar...

Mas tudo isso não é ar, nem água, nem alimento e, no fundo, a gente não precisa e pode até lembrar de um tempo na nossa vida em que a gente não precisava. Foi só um ca­minho que a gente tomou, uma escolha.

Escolha é um direito inalienável. Não existe a escolha certa, a que Deus quer. Existe só o escolher: o escolher sá­bio e o escolher tolo. Tá em tempo de escolher de novo? Fazer diferente? Eu não posso dizer, só você, que mora aí dentro de você, pode dizer...


Algumas escolhas são mais fáceis de realizar, outras são mais difíceis, outras parece que a gente não tem nem força pra pensar em conseguir levar adiante. Todo ser hu­mano pode passar por isso, e não é vergonha nem errado. A gente pode ser um ser pequeno e ainda assim fazer uma coisa grande, mas primeiro precisa parar de fazer de conta que é maior do que é e se fazer pequeno. Porque só assim vai perceber o tamanho do desafio à frente e resolver: vou encarar ou não vou?




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