“Admitimos
que éramos impotentes perante a adicção, que tínhamos perdido o domínio sobre
nossas vidas”
O que é que você pode? Mesmo, meeesmo, de verdade...
O que é que você pode?
Algumas pessoas aí nesse mundo vivem num sonho de que
elas são muito poderosas. Que elas “fazem e acontecem”.
Realmente, tem algumas coisas que pertencem ao arbítrio
do ser humano. O lado que ele dorme, de barriga ou de bruços, é uma dessas
coisas. Estudar pra uma profissão também é uma escolha, mas já limitada por
certas circunstâncias. Nem todo mundo consegue fazer o curso que quer e muito
menos trabalhar naquilo pra que estudou.
Agora, pensa um pouco mais além, naquilo que é essencial
para a vida. Você tá vivo porque tem ar pra respirar. Se tirarem seu ar, você
não vai ser nada nesse mundo daí. Se não tiver água, você vai sobreviver muito
pouco tempo.
Pensando bem, tá até mais fácil falar daquilo que a
gente não consegue. Coisas que a gente quer conquistar e elas nunca vêm,
mudanças que a gente quer fazer e não faz.
Presta atenção nos recados da vida pra você. Pensa em
tudo o que você já quis e nunca alcançou. E pode até se iludir, se convencer de
que “se quiser mesmo, consegue”. Mas no “vamo-vê-da-coisa”, a história é bem
diferente... Às vezes, parece que a gente precisa mais de uma coisa passageira,
um trago, um pico, um gole, do que do próprio ar. Parece que aquilo virou o
nosso ar...
Mas
tudo isso não é ar, nem água, nem alimento e, no fundo, a gente não precisa e
pode até lembrar de um tempo na nossa vida em que a gente não
precisava. Foi só um caminho que a gente tomou, uma escolha.
Escolha é um direito inalienável. Não existe a escolha
certa, a que Deus quer. Existe só o escolher: o escolher sábio e o escolher
tolo. Tá em tempo de escolher de novo? Fazer diferente? Eu não posso dizer, só
você, que mora aí dentro de você, pode dizer...
Algumas escolhas são mais fáceis de realizar, outras são mais
difíceis, outras parece que a gente não tem nem força pra pensar em conseguir
levar adiante. Todo ser humano pode passar por isso, e não é vergonha nem
errado. A gente pode ser um ser pequeno e ainda assim fazer uma coisa grande,
mas primeiro precisa parar de fazer de conta que é maior do que é e se fazer
pequeno. Porque só assim vai perceber o tamanho do desafio à frente e resolver:
vou encarar ou não vou?
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