“Prontificamo-nos
inteiramente que Deus nos removesse todos esses defeitos de caráter”.
Agora, se a humildade que você
encontrar for aquela verdadeira, não for uma humildade “de mintirinha”, preste
muita atenção no que ela faz. Porque ela acaba com todos os disfarces, com
todas as desculpas, com todas as pretensões e vai apresentar pra você a
realidade do que você fez ou faz, a realidade de quem você é e de quem são as
pessoas em volta de você.
Porque tem a humildade falsa,
aquela que sabe dissimular apenas para atingir um objetivo que você não quer
assumir diante dos outros... Não tô falando dessa, tô falando da humildade
verdadeira e de você fazer uma grande e profunda amizade com ela, pra que ela
não o abandone, pra que ela o acompanhe na sua árdua, profunda faxina interior.
Isso nem sempre é muito fácil, porque, ao olhar pra dentro de si, sem disfarce
e sem falsa justificativa, a gente pode tomar consciência de coisas muito
sérias: das coisas que perdeu, das coisas que abandonou, das pessoas que
sofreram em consequência das escolhas que nós fizemos, das mentiras em que
fizemos com que elas acreditassem. Vamos lembrar-nos das coisas que arrancamos
delas, material e emocionalmente falando. Talvez lembremos de coisas ainda
mais sérias, muito mais sérias, verdadeiros crimes. Coisas de que nos
arrependemos, que lamentamos ter feito e que pesam dentro de nós
terrivelmente...
E teremos todo esse mundaréu de
coisas entulhando nossos porões, nossas escadas, nossa casa interior. Mas tenha
calma, meu amigo, minha amiga! Ninguém disse que você ia fazer tudo isso
sozinho...
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