quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

012- 6º Passo de N.A. (Visão do Calunga)



“Prontificamo-nos inteiramente que Deus nos removesse todos esses defeitos de caráter”.

Agora, se a humildade que você encontrar for aquela verdadeira, não for uma humildade “de mintirinha”, pres­te muita atenção no que ela faz. Porque ela acaba com todos os disfarces, com todas as desculpas, com todas as pretensões e vai apresentar pra você a realidade do que você fez ou faz, a realidade de quem você é e de quem são as pessoas em volta de você.

Porque tem a humildade falsa, aquela que sabe dissimu­lar apenas para atingir um objetivo que você não quer as­sumir diante dos outros... Não tô falando dessa, tô falando da humildade verdadeira e de você fazer uma grande e pro­funda amizade com ela, pra que ela não o abandone, pra que ela o acompanhe na sua árdua, profunda faxina interior. Isso nem sempre é muito fácil, porque, ao olhar pra dentro de si, sem disfarce e sem falsa justificativa, a gente pode tomar consciência de coisas muito sérias: das coisas que perdeu, das coisas que abandonou, das pessoas que sofreram em consequência das escolhas que nós fizemos, das mentiras em que fizemos com que elas acreditassem. Vamos lembrar­-nos das coisas que arrancamos delas, material e emocio­nalmente falando. Talvez lembremos de coisas ainda mais sérias, muito mais sérias, verdadeiros crimes. Coisas de que nos arrependemos, que lamentamos ter feito e que pesam dentro de nós terrivelmente...


E teremos todo esse mundaréu de coisas entulhando nossos porões, nossas escadas, nossa casa interior. Mas te­nha calma, meu amigo, minha amiga! Ninguém disse que você ia fazer tudo isso sozinho...



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