sábado, 27 de janeiro de 2018

066- Começando com honestidade


Tenho medo de aprender porque tenho de crescer e assumir a responsabilidade maior que vem com o crescimento. Superficialmente posso pensar que desejo aprender, mas, em níveis mais profundos, o crescimento e a mudança me ameaçam. Daí que, embora tente constantemente melhorar-me e melhorar as minhas relações - sentir mais alegria e ser mais positivo - meus atos são frustrados e alcançam poucos resultados. Por exemplo, a minha decisão de meditar: faço todos os preparativos - dou instruções a mim mesmo. “Permanecerei em silêncio, perfeitamente relaxado e consciente... sem agarrar ou segurar pensamentos”. Mas, durante o tempo de meditação, jogo um jogo complicado. Raramente mantenho a minha mente fixa no momento presente, mais me ocupo de lembranças passadas ou de planos futuros - ou posso, simplesmente, adormecer. Mesmo depois de anos e anos de estudos e disciplina, pouco faço além de preparar-me e instruir-me continuamente - tentando com tanta luta e não começo de verdade.
A experiência é um mestre excelente; posso aprender muita coisa com todos os sofrimentos, frustrações e confusões por que passo. Por fim, meus auto-enganos, ganâncias e emoções negativas me deixaram tão esgotados que mudarei automaticamente. Mais primeiro preciso reconhecer e compreender os resultados de minhas ações. Mesmo depois de terminada a minha vida, esses resultados continuam; portanto se não remover os venenos agora, não há como escapar de mais sofrimentos. Continuarei a ser apanhados entre os dois extremos da cobiça e do sofrimento, no ciclo de muitos níveis de arrependimentos passados, esperanças futuras e confusões presentes. Preciso de uma coragem tremenda para aceitar a minha dor e a minha confusão, pois durante todo esse tempo crio e encorajo o meu sofrimento e, em certas ocasiões, até gosto dele! Parece que não estou pronto para afastar do sofrimento. Continuo a cometer enganos, a criar confusões, a acumular frustrações. O pensamento joga muitos jogos comigo e abrange todos os meus sentimentos, sensações e idéias; entretanto, não estou sequer realmente consciente da maneira com que o pensamento cria seus padrões em minha vida ou da maneira como se desenvolvem minhas várias atitudes negativas e motivações. Tudo o que sei é que continuarei a sofrer com minha dor e com meus problemas até ficar exausto.
Preciso observar com honestidade minha vida diária e enfrentar diretamente minhas fraquezas e problemas. Se for honesto e amar sinceramente a verdade, posso revolucionar a minha vida. Não preciso seguir, às cegas, de determinado sistema, mas posso desenvolver-me à minha própria maneira ouvindo o meu coração e seguindo as verdades que descubro nas minhas experiências. O fato de assumir integralmente o compromisso de encontrar a verdade pode ser um passo positivo, poderoso.
Sem olhar para o passado, posso agora fazer uma escolha para o meu presente. Se estiver decidido a batalhar em mim mesmo de forma honesta e inteligente, muito desenvolvimento proveitoso poderá ocorrer. A honestidade é exigida porque tenho que aprender a cuidar de mim mesmo da melhor maneira possível; requer-se inteligência porque muitos obstáculos precisam ser ultrapassados. A não ser que seja totalmente honesto, acabarei por enganar-me tentando encobrir meus erros ou tentando escapar às minhas dificuldades, em lugar de enfrentar-me e de produzir uma mudança significativa.

SE QUISER ATINGIR A PAZ E O EQUILÍBRIO INTERIOR, PRECISO COMEÇAR COM HONESTIDADE.


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