domingo, 5 de fevereiro de 2017

020- 10º Passo de N.A. (Visão do Calunga)


“Continuamos fazendo o inventário pessoal  e quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente”.

Se você foi fazendo esses Passos até aqui, você deve ter se deparado com várias ações suas que você considerou er­radas. Isso é normal! Todo mundo erra. Só Deus é perfeito na ação e não erra nunca. Então, se você não sai por aí dan­do uma de Deus, é natural que você cometa erros, que você os tenha cometido ou venha a cometer.

Isso tudo porque a vida é um dinamismo, um movimen­to, uma diversidade de coisas acontecendo juntas e ninguém está isento de agir de um modo de que venha a se arrepen­der, especialmente, pelas consequências que criou.

Pois então, o fato é que todo mundo continua sujeito a agir desse jeito, todo mundo está sujeito a perceber a coisa só depois que já aconteceu, por isso, no exercício da mais ampla e profunda humildade, a gente olha pra isso e diz:

– Aconteceu, eu preferia que não... mas aconteceu!

A gente admite primeiro diante da gente, depois diante de Deus, e depois, diante de quem quer que seja, porque o barco é grande e tá todo mundo navegando nele, na pos­sibilidade de errar e – isso é o melhor – na condição de perceber e em alguns casos, de corrigir! Todo mundo no mesmo barco.

Não adianta tentar mascarar, tentar esconder – quem tem medo dos erros cometidos é o orgulho tagarelando na sua cabeça. O orgulho não gosta de errar e não gosta de ver que errou. Ele vai se doer todo, se tiver que aceitar a ver­dade. Já a humildade não dói, quem dói é o orgulho dentro de você. Mas se você bota ele no lugar dele, ele não vai re­clamar razão, não vai querer apontar desculpas e culpados. Ele vai ficar quietinho e você vai poder respirar, aliviado, e vai poder ouvir as aspirações mais elevadas do seu Ser interior, em vez de ouvir o orgulho. O orgulho pensa que pode deixar os lençóis engruvinhados e esconder tudo, co­locando uma colcha bonita por cima. Mas você sempre vai olhar pr’aquela cama e ver os calombos de serviço mal feito! Vamos fazer a coisa direito?


Se eu tô falando da minha paz interior, eu não tô falando de uma bobaginha. Eu quero é sentar numa cama bem feiti­nha, com a alegria de saber que fui eu que fiz!



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