quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

062- Ansiedade


A sensação de desconforto e apreensão experimentada pela antecipação, real ou imaginária, de situações desagradáveis é chamada de “ansiedade”. A competição, os estudos, o trabalho e outras atividades e situações da vida moderna tendem a produzir ansiedade, que pode decorrer também de conflitos com amigos ou do desgaste provocado por situações nunca antes experimentadas.
Dependendo de fatores como personalidade e temperamento, a ansiedade manifesta-se como uma preocupação vaga ou como um medo concreto de que alguma coisa terrível venha a acontecer.
Não é difícil entender por que as discussões e os conflitos com a família ou com os amigos podem provocar ansiedade. Esses conflitos geralmente envolvem receio de algum prejuízo emocional. Embora tal prejuízo possa não ser real, o medo que desencadeia é verdadeiro. Às vezes, chega mesmo a afetar a auto-imagem do indivíduo, que passa a duvidar de si mesmo e de sua eficiência no desempenho de funções corriqueiras.
A ansiedade é normalmente um sinal que alerta as pessoas para o fato de que algo não vai bem, e as prepara para enfrentar o problema (ou os problemas), colocando-as de sobreaviso. A ausência de ansiedade num quadro de stress pode deixar o indivíduo apático e fazê-lo adotar atitudes do tipo “eu não me importo com nada”, que fatalmente predispõem ao fracasso. Por isso, níveis moderados de ansiedade podem ser benéficos, motivam a pessoa a lhe fornecerem uma sobrecarga de energia, aumentando-lhe a capacidade para localizar e resolver o problema aflitivo.
Já os níveis elevados de ansiedade tendem a ser prejudiciais, causando sentimentos de desconforto e inquietação tão intensos que dispersam as energias do indivíduo, esgotando-o física e mentalmente. No caso de ansiedade crônica, que persiste por semanas ou meses, o efeito desgastante sobre o indivíduo torna-o muito tenso, e podem ocorrer manifestações físicas como transpiração excessiva, aceleração dos batimentos cardíacos e insônia. A capacidade de concentração também fica prejudicada. Embora esses sintomas às vezes caracterizem também a ansiedade normal, sua persistência por longo período de tempo indica que a ansiedade está fora de controle.
Quando isso acontece, a ansiedade não está mais servindo como um aviso: ela dominou o indivíduo e se tornou fonte de problemas, frequentemente não mais relacionados com a situação de stress que lhe deu origem.
O excesso de ansiedade decorre de inúmeros fatores. A pessoa pode estar simplesmente sobrecarregada ou ser obrigada a tomar grande número de decisões importantes em curto período de tempo. Uma sucessão de eventos estressantes provoca em muitas pessoas ansiedade profunda.

A ansiedade em geral é superada quando desaparecem os problemas que a provocaram. Mas, quando vai além deles, é importante procurar ajuda e consultar um médico.


Nenhum comentário:

Postar um comentário