domingo, 3 de junho de 2018

070- Compreender a ansiedade


O nosso sistema nervoso central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir da sensação de repouso e de bem estar.  Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado, acontece o estado ansioso. 

Evolutivamente, faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram constantes.
 
A excitação do sistema nervoso central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a fuga.  O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida biológico.  Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso.

Em estados de desequilíbrio emocional, o simples contato com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.  

A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível.  Este movimento mental, na maioria das vezes, acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo, o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso.


“Mente acelerada é mente desequilibrada”.  Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir da sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite, e se o problema não tiver uma solução mental imediata, como o que acontece na maioria dos casos, teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos.




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