O nosso sistema nervoso central e
a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para
usufruir da sensação de repouso e de bem estar.
Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este
estado, acontece o estado ansioso.
Evolutivamente, faz muito pouco
tempo que saímos dos tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade
de luta eram constantes.
A excitação do sistema nervoso
central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a
fuga. O que interpretamos como perigo
hoje, transcende e muito o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder
econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de
concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos
casos para disparar o estado ansioso.
Em estados de desequilíbrio
emocional, o simples contato com o novo, com situações inesperadas e
desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.
A principal característica psíquica do estado
ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos
elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais
rápida possível. Este movimento mental,
na maioria das vezes, acaba causando uma certa confusão mental, uma
ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se
livrar do perigo, o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz
aumentar ainda mais o estado ansioso.
“Mente acelerada é mente
desequilibrada”. Este movimento
impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder
usufruir da sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite, e se o
problema não tiver uma solução mental imediata, como o que acontece na maioria
dos casos, teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e
piorar com os anos.
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